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Cada século tem suas batalhas, e batalhas de diferente épocas foram travadas com diferentes armas e táticas. É incrível ver como o equipamento dos tempos dos guerreiros aos soldados, evoluiu ao passar dos anos.

Por exemplo, os combatentes do Século XIII iam para a batalha usando o “Chapéu de Ferro” e Machado de Batalha, as tropas do Século XVI usavam espadas e adagas, e durante a Primeira Guerra as granadas eram parte integral de cada conjunto de equipamentos do soldado.

A Batalha de Hastings, 1066

Cavaleiro Feudal do Cerco a Jerusalém, 1244

O equipamento inclui um pano branco com um alicate para cortar pequenos objetos, um estojo de couro para agulhas e linha, e uma pederneira para fazer fogo. Fonte

Batalha de Agincourt, 1415

Batalha de Bosworth

Aqui você pode notar chegada da Ombreiras reforçando a proteção do peito; a esquerda possui um tamanho maior devido ao lado esquerdo do guerreiro ser o lado defensivo durante a batalha. Fonte

Thom Atkinson, um fotógrafo inglês, documenta o equipamento do Soldado Britânico ao longo de 1.000 anos de história. Sua série de fotografias chamada de “Soldiers’ Inventories” captura os grupos de equipamento da Batalha de Hastings passando pela Batalha de Agincourt até a Batalha das Malvinas em, 1982.

“A Inglaterra passa bastante tempo travando batalhas por aí”, disse Atkinson.

Este conjunto data de 1588 e é o primeiro na série incluir uma arma de fogo

No canto superior direito temos um Cabaset (Morrião ou Bacinete), dotado da forma da caixa craniana contendo aro largo proporcionando ao soldado cobertura para o rosto e nuca. Na parte inferior possuia também guardas dobráveis para as bochechas. Fonte

Mosqueteiro do Exército Novo da Batalha de Naseby, 1645

Na foto acima notamos a presença do Mosquete de Fecho de Mecha, mecanismo que consiste em um pavio aceso (mecha) preso a uma alavanca metálica curva denominada serpentina que quando acionada por outra alavanca presa a parte inferior da arma ou por algum tipo de gatilho curva-se e introduz a mecha por um orifício na culatra da arma incendiando a pólvora. O cano tinha 1,20m de comprimento e disparava uma esfera de chumbo. Fonte

Soldado Vigilante da Batalha de Malplaquet, 1709

As cores vivas neste conjunto serviam para evitar fogo amigo durante o combate. Fonte

Batalha de Waterloo, 1815

Uma novidade aqui seriam os sapatos de couro já provenientes de fábricas. E neste caso em específico tinham formato retilíneo, não havia sapato direito ou esquerdo; esperava-se que os soldados os trocassem para evitar o desgaste excessivo de um lado. Fonte

Batalha de Alma, 1854

Todos estes conjuntos de equipamento, além das armas, também incluíam coisas como jogos de cartas e tabuleiros de xadrez, que nos dão uma breve ideia de como os soldados saíam do tédio e monotonia durante a guerra. Para conseguir todos estes conjuntos, o fotógrafo visitou comunidades históricas onde os membros costumam colecionar estes tipos de itens para usarem durantes seus shows de reencenação em todo o mundo.

Segundo o fotógrafo, o projeto, que teve uma duração de 9 meses, proporcionou a ele uma grande experiência educacional: “Eu nunca fui um soldado. É difícil visualizar um material como este e compreendê-lo completamente, e eu queria que o ele fosse um projeto sobre pessoas em si, foi daí que surgiu a ideia de fazê-lo. Observando todo o desdobramento, eu comecei a sentir que nós somos nada mais do que todos iguais e com as mesmas necessidades fundamentais.”

Batalha do Somme, 1916

Cabo da pá de trincheira; por muitas vezes a ponta do cabo da pá era customizado com dentes de metal para transformar-se e um Porrete ou Maça de Batalha. Uma ferramenta usada desde os primórdios da humanidade em suas diversas formas, mas amplamente utilizada durante o final da Idade Média na Europa devido à evolução das armaduras aliada à ineficiência das espadas de corte neste período onde muitas modificações surgiram com a modernização da produção e aplicação destas armas e ferramentas. Fonte

Anspeçada da Brigada Paraquedista durante a Batalha de Arnhem, 1944

Entre uma das grandes diferenças aqui era o macacão camuflado de salto, que foi introduzido pela primeira vez em 1942 (o esquema de camuflagem só seria modificado novamente em 1980), por cima vinha uma bata que era usada durante o salto. Fonte

Soldado da Tropa de Elite da Marinha Real durante a Guerra das Malvinas, 1982

Sapeiro de Apoio do Grupo de Engenharia Real, 2014

Este projeto mosta as excepcionais similaridades e diferenças entre o equipamento do soldado separados por décadas e captura perfeitamente a evolução das armas de guerra. Espadas tornaram-se armas, elmos tornaram-se máscaras de gás. Enquanto ferramentas e pequenas armas visivelmente evoluíram, as necessidades permanecem as mesmas. “O fato de que certos objetos reaparecem é ainda mais fascinante do que os que modificaram-se ou de uma certa maneira evoluíram,” diz Atkinson, referindo-se ao fato de que existe uma colher em todos os conjuntos de batalha do guerreiro e kits de guerra do soldado.

Fonte: The Vintage News

Rafael Requena

Autor Rafael Requena

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