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Dietrich von Choltitz foi um militar do exército alemão que esteve em combate durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais. Choltitz, como cadete das forças armadas alemães, foi designado para lutar no Regimento de Infantaria, durante a Grande Guerra, e foi promovido a Leutnant (Tenente do Exército).

No período entre Guerras, Choltitz serviu em diversas unidades de Infantaria e Cavalaria, mas quando estourou a Segunda Guerra Mundial, o oficial já tinha sido promovido a Oberstleutnant (Tenente-Coronel) e comandava o III Batalhão do 16º Regimento de Infantaria, sendo um dos responsáveis pela conquista de Roterdã (Holanda), em 1940. Essa conquista possibilitou com que ele fosse condecorado com a Cruz de Cavaleiro da Cruz de Ferro.

No ano seguinte (1941), Choltitz foi promovido a Oberst (Coronel) e foi enviado para conquista da União Soviética, onde participou do cerco de Sevastopol. Em 1943, assumiu o comando da 11ª Divisão Panzer, e em 1944 foi promovido a General de Infantaria, recebendo então o comando do LXXXIV Corpo do Exército que lutou na Itália e na França.

O último posto do General Choltitz foi o de Comandante Militar das Forças de Paris, quando foi capturado pelos Aliados após a conquista do território.

Nesse contexto, a figura de Choltitz é modificada, agora ele não é somente um dos grandes oficiais do exército alemão, como outros grandes nomes. O oficial alemão tem um papel político importante como responsável por Paris, uma das mais importantes cidades conquistadas pelos alemães, devido ao revanchismo que existia entre as duas nações.

O General Choltitz recebeu a incumbência de ser o Comandante em Paris em agosto de 1944, dois meses após o desembarque na Normandia, quando os rumos da Guerra começaram a mudar no lado ocidental e as tropas Aliadas começaram a impor diversas derrotas ao exército alemão.

O Oficial alemão chega ao comando de Paris, depois das Forças Armadas Alemães não conseguirem segurar os aliados após o ataque da Normandia, no qual Choltitz também participou, e de seu antecessor Carl-Heinrich von Stülpnagel ter sido sentenciado à morte por ter participado do atentado contra a vida de Hitler (Operação Valquiria).

O oficial alemão quando foi enviado a Paris tinha ordens diretas de Hitler de que a cidade somente deveria ser entregue aos Aliados destruída. Existia um plano feito pelos alemães de destruir áreas importantes da cidade, mas essa ordem não foi cumprida pelo General.

Os motivos que levaram o General Choltitz a não cumprir essa ordem direta de Hitler ainda não são claras, e é objeto de controvérsia entre os pesquisadores, alguns acreditam que ele não desejava ser o responsável pela destruição de Paris, o que é questionada no meio dos estudiosos sobre o tema, devido as suas atitudes durante a Guerra, principalmente no porto de Sevastopol.

Alguns especialistas sobre o assunto consideram que Choltitz não tinha meios militares (armamento e pessoal), para cumprir a missão, era um período de diversas derrotas dos alemães para os aliados. Outro motivo que também foi decisivo para sua decisão foi a visão que o General teve de Hitler após o seu encontro, quando se deparou com um homem (Hitler) que “aparentemente parecia doente, sem totais capacidades de continuar liderando os alemães”.

Duas figuras importantes que contribuíram para Paris não ter sido destruída foram o Prefeito da cidade Pierre Taittinger, e o Consul da Suécia Raoul Nordling, que tentaram dissuadir Choltitz diversas vezes de não cumprir com as ordens de Hitler. O Fuhrer quando soube da chegada dos aliados a cidade francesa perguntava “Paris está queimando?”

Quando os aliados chegaram e libertaram Paris dos alemães foi um momento de alegria para os franceses, que por mais de quatro anos estiveram sob o controle nazista, mas saíram da Guerra com Paris pouco danificada, diferentemente de grandes cidades europeias.

Choltitz se rendeu ao General francês Philippe Leclerc, onde ficou preso até 1947, e acabou morrendo em Baden-Baden em 1966.

Para maiores conhecimentos sobre as Invasões da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, talvez você queira ler sobre a Câmara de Âmbar: A História de um dos tesouros perdidos da Segunda Guerra Mundial, você pode navegar por este link ou pelas categorias do site.

Rafael Requena

Autor Rafael Requena

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