ESPADA DO SEC. X COM A INSCRIÇÃO “ULFBERHT”
O documentário produzido pela National Geographic, “Secrets of the Viking Sword”, acompanha o trabalho de pesquisadores que tentaram compreender as condições do procedimento de metalurgia para a confecção destas enigmáticas espadas.
SCREEN DO DOCUMENTÁRIO “SECRETS OF THE VIKING SWORD”, 2012
Neste sentido, percebe-se que o processo de forja do ferro implicava o aquecimento do minério em cerca de 1650ºC para liquefazer este material. Fato que possibilita ao ferreiro remover as impurezas (denominadas escória). Neste processo o carbono é misturado a este material para formar uma liga de ferro mais forte. Até então, os pesquisadores acreditavam que a tecnologia medieval não possibilitava o aquecimento deste metal a temperaturas tão altas e, além do mais, os arqueólogos acreditavam que a escória era removida somente por meio de um procedimento menos eficaz, que consistia em esmagá-lo para fora – como costumamos ver em filmes e descrições de livros.
UMA DAS ESPADAS VIKING EXIBIDA NO MUSEU NACIONAL DA DINAMARCA – COPENHAGUE
As espadas Ulfbert são, então, consideradas um divisor de águas no entendimento sobre a tecnologia de forja viking, uma vez que quase não apresentam sinais de escória e contam com três vezes mais carbono do que outros metais produzidos neste mesmo período.
Nota do autor: Este artigo teve publicação autorizada, também no site Paleonerd.